domingo, 22 de fevereiro de 2015

Matéria: Um galpão dos sonhos

Confira essa matéria, publicada no Estadão, referente a uma oficina em Guarulhos/SP, que, atualmente, possui 17 SP2, 03 Pumas, 02 Karmann-Ghias e 01 Fusca, todos aguardando receber “aquele trato” antes de voltarem a circular.
 
Vamos lá...
 
Um galpão dos sonhos
 
Nesta oficina de Guarulhos, restaurador une arte, paciência e habilidade para fazer renascer clássicos.
 
 
Para quem gosta de carro antigo, a oficina no número 2384 da Avenida Guarulhos é um galpão dos sonhos. Afinal, no momento, lá recebem tratos para um dia voltar à vida 17 SP2, três Pumas, dois Karmann-Ghias e um Fusca que em breve será transformado em conversível. O que une tudo isso é o trabalho de Humberto Manfredo, um funileiro de 52 anos, no ramo há 36 e especialista em SP2 há 33.
 
 
Na sua H4 veículos Especiais, Manfredo mexe com todo tipo de carro antigo, mas sua especialidade é o SP2.
 
 
Ao lado de mais quatro profissionais – dois funileiros e dois pintores –, Manfredo deixa em estado de 0km carros que hoje são peças cobiçadas por colecionadores.
 
 
Um trabalho completo de restauração pode ser feito em quatro meses, mas o normal, nessa oficina, é que demore pelo menos um ano e meio. E que custe entre R$ 15 mil e R$ 18 mil – apenas a parte de carroceria e chassi. “Eu fabrico peças de acabamento e lataria, frentes inteiras para SP2 e Karmann-Ghia, tudo no padrão original”, diz.
 
 
Uma frente completa de um SP2 fabricada por ele custa R$ 4 mil. O preço pode parecer salgado, mas inclui painel, laterais internas, o bico do para-lama e suportes. E a qualidade do trabalho impressiona. “O SP2 é um clássico muito procurado e valorizado, por isso os clientes exigem um trabalho perfeito, principalmente na lataria, muito sujeita a corrosão”, explica.
 
 
Embora a grande maioria dos clientes opte por deixar o carro na cor e no padrão originais, Manfredo também faz adaptações ao gosto do cliente. Além do Fusca 69 conversível, ele trabalha na adaptação da mecânica Subaru num SP2, com direito a radiador de água na dianteira. “Está dando trabalho, mas com paciência e dedicação tudo se resolve”, diz.
 
 
 
Fonte:
http://blogs.estadao.com.br/placa-amarela/um-galpao-dos-sonhos/

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Matéria: Fusca — americano — à venda no Brasil

Confira essa matéria, publicada no FlatOut, sobre um exemplar do Fusca fabricado na Alemanha, mas que foi exportado para terra do Tio Sam e que agora esta à venda aqui no Brasil, em São Paulo, por míseros 60 mil reais.
 
Vamos lá...
 
 
Este não é um Fusca qualquer – é um Beetle americano fabricado na Alemanha e à venda no Brasil
 
 
“Como um Fusca pode ser um Achado meio Perdido, FlatOut?”, você pode se perguntar. “Há milhares deles à venda no Brasil!” De fato, caro leitor, o Fusca é um dos carros mais fáceis de se encontrar à venda. Mas quantos destes foram fabricados na Alemanha para o mercado americano e importados para o Brasil? É provável que você nunca tenha visto nenhum – e é exatamente o caso deste aqui, que encontramos à venda no Brasil. Pode ser a sua chance de comprar um Fusca exclusivo!
 
Estamos falando de um Fusca fabricado na Alemanha para o mercado americano. O Fusca começou a ser vendido nos EUA em 1949, com as primeiras unidades sendo importadas pelo empresário holandês Ben Pon, um dos primeiros importadores oficiais da VW (e também considerado o “projetista” da Kombi, desenhando um rascunho e entregando aos engenheiros de Wolfsburg).
 
 
Como no resto do mundo, os americanos não demoraram a serem conquistados pelo visual carismático do carrinho e sua mecânica simples e robusta, tornando-se, ao lado da Kombi, o carro símbolo da geração hippie da década de 1960.
 
 
Diferentemente do que aconteceu no Brasil, o Fusca jamais foi produzido nos EUA, sendo importado diretamente da Alemanha e passando por algumas adaptações para adequar-se à legislação e às exigências do público americano. Sendo assim, ao longo dos anos ele foi ganhando alguns detalhes que diferiam dos carros vendidos na Europa, como para-choques maiores (e, a partir de 1974, retráteis), setas maiores e, na década de 70, motor de 1600 cm³ com carburação simples em vez de dupla, como era a norma em várias partes do mundo (em alguns modelos brasileiros, inclusive).
 
O Fusca americano também acompanhou a evolução do projeto na Alemanha. Quando o Fusca ganhou a versão Super Beetle em 1970, os americanos também receberam o modelo com algumas novidades importantes.
 
 
O Super Beetle, também conhecido como 1302, tinha uma diferença fundamental em relação ao modelo normal, ou “Standard”: a suspensão dianteira foi totalmente remodelada, e os braços arrastados deram lugar a um moderno sistema independente do tipo McPherson, com molas helicoidais e amortecedores telescópicos.
 
 



 
O novo sistema era bem mais compacto e melhorava bastante o comportamento dinâmico do Fusca, além de permitir que o porta-malas dianteiro fosse mais profundo e levasse o dobro da carga — sendo assim, o estepe era posicionado na horizontal. O carro também tinha entre-eixos 20 mm mais longo, mas a suspensão permitia um raio de giro menor e mais facilidade para manobrar.
 
O carro que encontramos à venda no Mercado Livre é exatamente um Super Beetle 1970, modelo 1971. Entramos em contato com o proprietário, que contou um pouco sobre a origem do carro. Segundo ele, o Fusca foi comprado nos em Tampa, na Flórida, e importado de forma independente para o Brasil há cerca de quatro anos. O carro pertencia a um amigo do atual dono e estava bastante íntegro e pouco rodado, mas merecia uma restauração.
 
 
Foi o que o dono fez, realizando o serviço completo de funilaria e pintura no carro e uma extensa revisão mecânica, elétrica e no sistema de suspensão que, de acordo com ele, estão “muito bons”. No mais, o carro é quase 100% original, o que garantiu a concessão da placa preta (com as iniciais personalizadas “EUA”).
 
E quanto o dono pede por ele? R$ 60 mil — valor que pode até ser considerado alto por um Fusca, mas há de se levar em consideração que há modelos brasileiros em estado de conservação semelhante e pouco rodados (o hodômetro deste marca 32.500 milhas, ou 52.000 km) sendo oferecidos por valores igualmente altos. Sendo um Fusca importado, acreditamos que este carro tenha um público bastante específico e disposto a pagar esta quantia por um exemplar tão raro no Brasil. O que você acha?
 
 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Silencioso e Ponteiras novas

Rodando com o carro por alguns dias, pude perceber que ele passou a dar uns “tiros” supostamente pelo escapamento. Conversando com alguns colegas, foi levantada a hipótese de furos ou falta de regulagem do ponto.
 
Bom, durante o processo de troca e montagem do motor, percebi que o escapamento estava muito feio, sem falar num pequeno furo bem visível. Confesso que não cheguei nem a examiná-lo e fui logo encomendando um novo (marca Mastra, sem pré aquecimento), mais um par de ponteiras cromadas (com miolo), quatro abraçadeiras, duas juntas de vedação e um veda escape.
 




 
Antes do agendado para troca do escapamento, Cyro (mecânico) havia me sugerido pulverizar óleo no interior do escapamento alegando que isso prolongaria a vida útil do mesmo. Sendo assim autorizei que o fizesse, mesmo sabendo que por uns dias, além da pingadeira de óleo ele ainda soltaria uma fumaça esbranquiçada pela queima do lubrificante em seu interior.
 
Chegado o dia para instalação, vi meu velho escapamento retirado e colocado num canto da oficina, aproveitei para dar uma examinada detalhada e o que constatei me deixou furioso! Não havia um furo sequer e o que achei ser um buraco, nada mais era que um defeito na solda, uma espécie de bolha que dava a impressão de ser um furo. Quanto ao problema dos “tiros”, este foi sanado com a regulagem do ponto. Resumindo: Dei mole! Comprei um escapamento sem precisar.
 
Mas tudo bem, agora não adiantava chorar pelo leite derramado. Pelo menos instalei um escapamento e ponteiras novas. Bom, na ocasião ainda foram reguladas as válvulas e tirado um pequeno vazamento, também foi sanada uma folga gigantesca no eixo dos balancins. Aproveitei para pintar as tampas do cabeçote e instalar o carburador que era no meu antigo motor 1300 (um Solex H 30-PICS) o qual havia sido todo revisado e eu sabia a configuração dos giglês.

 
Carburador H 30-PICS.
 
Silencioso, abraçadeiras e ponteiras. Tudo novo!

 
Tampas pintadas e vazamento sanado.

Repare o óleo que pinga do interior do escapamento.
 
Essas ponteiras deram um novo visual ao Kinha.