A
história da Kombi (seu nome vem do alemão Kombinationfahrzeug
que quer dizer "veículo combinado" ou "veículo multiuso",
no linguajar popular), aqui no Brasil, passou por algumas fases até que fosse
finalmente produzida pela Volks. Primeiramente o Grupo Brasmotor (proprietário
da marca Brastemp) que até então importava automóveis e caminhões da Chrysler,
resolveu assumir também a representação da Volkswagen no Brasil.
Entre
1950 e 1953 começam a chegar ao porto de Santos as duas primeiras unidades da
Kombi. Era um teste que a Volkswagen estava fazendo com o mercado brasileiro. O
resultado das vendas foi surpreendente, triplicando os 20 mil cruzeiros
investidos em cada veiculo.
Nas
instalações da Brasmotor, em
São Bernardo do Campo, foram montadas os primeiros exemplares
da Kombi, já com algum índice de nacionalização. Os carros eram importados
prontos da Alemanha ou chegavam completamente desmontados, no sistema de CKD (Completely Knocked Down), e depois
montados. O que faz dela o primeiro veículo Volkswagen montado no Brasil e o
que esteve por mais tempo em produção.
A
matriz alemã ao ver o Brasil como um mercado promissor decide em 1953
construir, aqui, uma filial num galpão alugado na Rua do Manifesto, no Ipiranga
(SP). Por três meses, tanto a Brasmotor quanto a Volkswagen a montavam e vendia
até a primeira abandonar o negócio, deixando a Volks assumir a importação e
montagem de seus veículos.
Naquele
mesmo ano o Governo proibiu a importação de veículos montados, de forma a
nacionalizar a produção automobilística a partir de 1953. Assim sendo, a
Volkswagen passou a importar a Kombi apenas em CKD entre 1953 e 1957.
Para
a efetiva produção em território brasileiro, a Volkswagen determinou aquele que
seria seu maior investimento fora da Alemanha à época: a construção, a partir
de 1956, de uma fábrica no Brasil, mais precisamente num enorme terreno às
margens da Via Anchieta, em
São Bernardo do Campo (SP). Embora inaugurada oficialmente em
1959, coube à Kombi inaugurar a linha de produção desde 1957, antes mesmo do
Fusca. A diferença é que agora todo o processo de montagem passou a ser feito
com 50% das peças já sendo produzidas no Brasil.
Ela
vinha equipada com o tradicional motor traseiro de 4 cilindros opostos (boxer), refrigerado a ar, com 1200 cm³
de 36 cv, 4 marchas (1ª não sincronizada), suspensão independente nas 4 rodas
por barras de torção e amortecedores telescópicos, freios a tambor nas 4 rodas
e capacidade de carga de 800
Kg . Podia chegar a uma velocidade máxima de aproximadamente
100 km/h .
A partida era elétrica (na chave) podendo ser manual (na manivela).
Visualmente,
a primeira versão brasileira espelhava a alemã, com seu característico perfil
monovolume, o para-brisa bipartido, ou split,
com vidros planos, as janelas de correr nas portas dianteiras, a porta lateral
direita em duas folhas e o sistema de sinalização eram as “bananinhas” montadas
nas colunas. Era fácil de manobrar, mesmo com o motorista sentado sobre o eixo
dianteiro e com a coluna de direção praticamente vertical. Na traseira havia
uma enorme tampa do motor, que deu origem ao apelido "barndoor" (porta de celeiro). O formato exótico, a estrutura
simples, robusta e o baixo custo de manutenção cativaram os brasileiros. Sem
falar que para realidade do país, na época, ela encarava qualquer terreno, um
verdadeiro trator.
Aqui
era oferecida nas versões:
-
Furgão (sem janelas laterais), destinada exclusivamente ao transporte de carga;
-
Standard, com janelas laterais (4 de cada lado), 3 fileiras de bancos,
capacidade para até 9 passageiros e bancos traseiros removíveis;
-
Luxo, que repetia as características da Standard e acrescentava interior com
forrações laterais e no teto, pintura externa em dois tons separados por friso
de alumínio e alguns acessórios cromados.
No
ano de 1954 a
carroceria sofria algumas alterações. Na dianteira o teto era alongado para
frente, sobre o para-brisa, onde havia uma entrada de ar para ventilação da
cabine (muitas vezes criticada por deixar entrar água junto com o ar em dias de
chuva). Atrás, o acesso estava bem melhor: havia uma porta para as bagagens e
outra abaixo para acesso ao motor.
Em
1959 o câmbio de 4 marchas passa a ser totalmente sincronizado (a Kombi foi o
1º veículo brasileiro com 1ª marcha sincronizada). Seu motor 1200 passa a ser
produzido no Brasil. A versão Luxo ganha tubos e batentes de proteção nos
para-choques, a numeração do chassi passa para a chapa lateral do motor (ao
lado da bateria) e a manivela de partida foi abandonada.
Final
de 1960, o modelo ganhou a nova versão 6 portas nos acabamentos Standard e
Luxo. A Kombi 6 portas nasceu como um modelo “exclusivo” do
mercado brasileiro quando a legislação local não permitia a utilização de
carros de 2 portas para o uso como táxis. Como seu único outro modelo, o Sedan
1200, tinha apenas 2 portas, e uma versão de 4 portas deste teria um custo de
adaptação inviável, a Volkswagen do Brasil optou pela oferta de uma Kombi com
portas laterais, duas para cada fileira de bancos, totalizando 6 portas. Além
do mercado de táxis, a Volkswagen focou também o mercado de turismo (hotéis,
aeroportos), serviços (lotação, frotas de empresas) e mesmo para o uso familiar
que teriam outra opção aos tradicionais sedãs e utilitários grandes da época. É
lançada a versão "Turismo", adaptada para camping.
Em 1961, as luzes indicadoras de direção (piscas), popularmente conhecidas como “bananinhas”, foram substituídas por lanternas dianteiras convencionais, montadas um pouco acima dos faróis. Devido ao seu formato saliente, foram apelidadas de “tetinhas”. Novas também eram as lanternas traseiras, ainda redondas, porém maiores e contando com lanterna e luz de seta. Para melhorar o conforto dos passageiros do banco da frente a alavanca de câmbio e freio de mão foram posicionados mais a frente. O painel ganha marcador de combustível elétrico (fim da torneira de reserva) e nova chave de seta. Novo trinco do vidro basculante e encosto dianteiro com 3 posições de ajuste. O modelo Luxo agora passa a ser chamado "Especial".
Em 1961, as luzes indicadoras de direção (piscas), popularmente conhecidas como “bananinhas”, foram substituídas por lanternas dianteiras convencionais, montadas um pouco acima dos faróis. Devido ao seu formato saliente, foram apelidadas de “tetinhas”. Novas também eram as lanternas traseiras, ainda redondas, porém maiores e contando com lanterna e luz de seta. Para melhorar o conforto dos passageiros do banco da frente a alavanca de câmbio e freio de mão foram posicionados mais a frente. O painel ganha marcador de combustível elétrico (fim da torneira de reserva) e nova chave de seta. Novo trinco do vidro basculante e encosto dianteiro com 3 posições de ajuste. O modelo Luxo agora passa a ser chamado "Especial".
Em
1962 a
linha adotou novas lanternas traseiras, em formato semi-oval, incorporando as
luzes indicadoras de direção. A linha 1963 foi marcada pela adoção (exceto na
versão 6 portas), de mais uma janela em cada lateral, onde antes havia um ponto
cego, na altura da plataforma de carga. Os cantos traseiros da carroceria
também se beneficiaram da inclusão de janelas curvas (15 janelas ao todo), e o
vigia traseiro ficou maior. No conjunto, as novas janelas proporcionaram mais
luminosidade ao habitáculo e melhor visibilidade ao motorista.
Na linha 1965, os piscas dianteiros do tipo “tetinha” foram substituídos por unidades redondas maiores e mais rasas, apelidadas de “ovo frito” ou “olho de peixe”. As aletas de refrigeração do motor passaram a ser estampadas com as abas voltadas para dentro e o motorista beneficiou-se da inclusão de esguichador de água no para-brisa, trava de direção e sistema de lubrificação permanente da caixa de direção.
Na linha 1965, os piscas dianteiros do tipo “tetinha” foram substituídos por unidades redondas maiores e mais rasas, apelidadas de “ovo frito” ou “olho de peixe”. As aletas de refrigeração do motor passaram a ser estampadas com as abas voltadas para dentro e o motorista beneficiou-se da inclusão de esguichador de água no para-brisa, trava de direção e sistema de lubrificação permanente da caixa de direção.
Em
1967 toda linha Kombi substituiu o fraco motor 1200 pelo novo 1500 cm³ de 52
cv, o que permitiu ampliar a capacidade de carga de 810 para 970 Kg . Outras alterações na
linha 67 foram a adoção de estabilizador na suspensão dianteira, novo fecho da
tampa traseira, o sistema elétrico passava de 6 para 12 volts, além dos novos
para-choques, pneus mais largos, banco individual para o motorista com
regulagens e limpador de para-brisas de duas velocidades.
Apresentado
como nova versão para a linha 1967, chegou a versão “Ambulância” e “Pick-up”
equipada com carroceria (aberta) de aço e cabine para 3 passageiros. Possuía
ainda um compartimento de carga fechado, num vão compreendido entre a cabine e
o compartimento do motor que além de abrigar o estepe podia levar mais objetos.
A princípio, as abas laterais da caçamba eram confeccionadas em madeira
passando a ser, em 1968, de aço estampado.
Para
linha Kombi 1968, a
Volkswagen ofereceu opcionalmente pneus lameiros e o diferencial travante, ou
seja, uma alavanca na base do assento onde o motorista podia anular a ação do
diferencial. Além de possibilitar melhor tração, em condições de piso
escorregadio ou arenoso, era útil nos casos de uma das rodas traseiras ficarem
no ar ao se tentar subir enviesado numa calçada. A opção foi descontinuada dois
anos depois devido à baixa procura.
Já
a linha 76 recebeu a primeira grande reestilização, quase idêntica à alemã
modelo Clipper, com nova frente (para-brisa único), retrovisores maiores, novas
lanternas, para-choques redesenhados e o alternador passa a ser opcional. A
suspensão dianteira era reforçada com barras de torção com feixes e
estabilizador. Atrás, um braço semi-arrastado por lado mantinha as rodas
traseiras praticamente verticais com qualquer carga a bordo, melhorando em muito
a estabilidade.
Em
1978 ganhou novos reforços estruturais e juntas homocinéticas (para
transmissão) na traseira. O motor 1600 cm³ de dupla carburação e 52 cv passou a
equipar as versões existentes. Por outro, esse novo motor a fez com que
perdesse a caixa de redução, ou seja, o dispositivo localizado nas rodas
traseiras (disponível nas versões 1200 e 1500), responsável por proporcionar
maior força de tração para vencer cargas e esforços elevados sem forçar o
motor.
Com
a chegada da década de 80, e o preço do combustível nas alturas, a Volkswagen
apresentou a Kombi na versão diesel com motor 1500 cm³ (o mesmo do Passat
exportação), refrigerado a água, trazendo um grande radiador na dianteira.
Aparentemente o radiador não foi bem dimensionado para o layout, ou para o tipo
de motor, pois o modelo não agradou nas vendas justamente por superaquecer
dentre outros problemas.
Em
1982 é lançada a modelo Pick-up com cabine dupla que teve grande repercussão.
Na cabine a novidade ficava por conta do novo painel, volante mais baixo,
encostos de cabeça no banco dianteiro e a alavanca do freio de estacionamento
não estava mais no assoalho (agora vinha debaixo do painel em forma de
maçaneta). No ano seguinte ela ganha freios a disco na dianteira, novas rodas e
calotas de perfil plano semelhante ao Fuscão. No ano de 1985 todas as versões a
diesel foram descontinuadas, dando lugar aos modelos com motor a álcool.
A
Kombi seguiu sem grandes mudanças até 1997 quando finalmente ganhou a
carroceria semelhante ao modelo alemão, com porta lateral corrediça, teto
elevado em 11 cm
(única do modelo brasileiro). Foi eliminada a divisória atrás dos bancos
dianteiros, redução do número de janelas laterais para três, em cada lado, o
estepe vai para o lado esquerdo do compartimento de bagagem que ganhou uma
tampa mais larga.
Outra
novidade foi a volta da modelo “luxuosa”, denominado Carat. Essa versão tinha
carpete no assoalho, revestimento das portas em vinil, apoios de cabeça
individuais para todos os ocupantes e bancos dianteiros separados. O volante
agora era espumado além vidros verdes e para-brisa degradê. O velho motor de
1600 cm³ recebia injeção eletrônica multiponto e catalisador para atender a
novas normas de emissões poluentes, sendo o primeiro e único VW "a
ar" com injeção no Brasil. Dois anos depois a versão Carat é extinta e são
criadas as versões “Escolar” e “Lotação” logo após a legalização do uso deste
tipo de veículo para transporte público.
Em
2000 a
versão Pick-up saia de linha e no ano de 2005, devido às novas leis de emissões
de poluentes o tradicional motor boxer refrigerado a ar que impulsionou vários
Volkswagens, por mais de setenta anos, era descontinuado. Para marcar o fim da
produção, é lançada a edição limitada “Kombi Série Prata”. A versão se
diferenciava das demais pela cor "Prata Light Metálico", além de
vidros verdes, acabamentos nos faróis e para-choques em "Cinza
Cross", piscas dianteiros com lentes brancas, lanternas traseiras fumês,
desembaçador do vidro e adesivos externos que identificam a "Kombi Série
Prata".
Com
a saída de cena do motor “refrigerado a ar” começam a chegar às concessionárias
do país, nas versões Standard e Furgão, a Kombi 2006 que trazia novos
mostradores no painel de instrumentos, semelhantes aos do VW Fox. Outra
novidade é acelerador que agora passava a ser eletrônico e com o pedal
suspenso, como num carro moderno, mas o freio e a embreagem continuam no chão.
O cofre do motor ganhou um acesso por dentro do carro para alcançar o novo
motor, EA-111 8V, de com quatro cilindros vertical em linha (ao invés do
horizontal com dois cilindros para cada lado) total flex de 1400 cm³
refrigerado a água do Fox exportação. Esse novo propulsor foi o responsável
pelo “retorno” da grade dianteira para o radiador (essa grade era diferente da
usada na versão diesel). A caixa de câmbio de quatro marchas continuou a mesma,
apenas a relação do diferencial foi alongada.
Em
2007 é lançada a chamada "Kombi edição 50 anos", talvez a mais
colecionável de todas as edições nacionais, seu maior destaque é a sua pintura
do tipo "saia e blusa" vermelha e branca, em homenagem a primeira
geração da Kombi. A versão contava com equipamentos de série como: vidros
verdes, para-brisa degrade, piscas dianteiros com lentes brancas, lanternas
traseiras fumê, desembaçador do vidro traseiro, luz no cofre do motor e
adesivos externos que identificam a série, inclusive no painel acima do local
do rádio. Além disso, ainda contava com uma carta de congratulação assinada
pelo presidente da VW do Brasil.
2013
foi o último ano de fabricação da Kombi. Uma nova versão especial foi criada
cujas unidades eram numeradas com placa de identificação no painel. Nas
laterais também se destacam os adesivos que identificam a série especial
"56 anos – Kombi Last Edition".
Assim como a "edição de 50 anos" essa versão ganhou pintura
"saia e blusa" com os tons de azul e branco, homenageando novamente a
sua primeira geração. O pacote de opcionais contava com pneus com faixa branca,
calotas e rodas pintadas de branco. Seu interior trazia cortinas nas janelas
laterais e no vigia traseiro. Os bancos tinham forração especial de vinil nas
cores (azul, branco e cinza). O revestimento interno das laterais, portas e
porta-malas também era em vinil azul. O assoalho e o porta-malas eram
recobertos por tapetes com insertos em carpete, mesmo material que revestia o
estepe. O proprietário também levava sistema de som com entrada USB. Dentro do
porta-luvas, o manual do proprietário vem com uma capa especial comemorativa.
A
Kombi agradou o país de norte a sul e de leste a oeste. Marcava presença em
ruas, estradas, lamaçais, florestas, no interior e nas grandes cidades.
Esnobava robustez e não negava serviço por onde passava. Suas qualidades eram a
versatilidade, baixo custo operacional, simplicidade mecânica e a facilidade de
manutenção, conhecida de todos os mecânicos. Foi aqui fabricada,
ininterruptamente, entre meados de 1956 até dezembro de 2013, quando por força
de um decreto, os carros a partir de 2014, deveriam ser dotados de freio tipo
ABS e possuir air-bag frontal duplo
(para o condutor e passageiro do banco dianteiro).
A Concorrência
A
Kombi repetiu no Brasil o mesmo sucesso conquistado lá fora, mas parte desse
sucesso devia-se ao fato de não existir produto semelhante no mercado. Aqui ela
não teve concorrentes diretos, pois a Willys Rural, Toyota Bandeirante e a
Veraneio da GM eram mais caras, transportavam menos carga e possuíam grandes
motores de seis cilindros de elevado consumo.
Com
a reabertura das importações, no início dos anos noventa, desembarcaram as coreanas
Towner, Topic e Besta e a japonesa Mitsubishi L300, mas não conseguiam
concorrer nos quesitos preço, manutenção e capacidade de carga.
Com
a saída de cena das vans coreanas e o preço elevado das atuais rivais, a Kombi
ganhou sustentação graças, principalmente, aos donos de lotação. Uma Kombi só
pode ser comparada com outra Kombi!
Versão especial
A
partir da versão Pick-up a empresa Karmann-Ghia
fez um modelo muito interessante no Brasil, o Mobil Safári. Um trailer (motorhome) foi feito logo após a cabine
do motorista e acompanhante. Uma verdadeira casa. Era muito bem-equipada por
dentro: armários, ducha, pia, WC químico, fogão, tomadas de eletricidade,
mesinha e camas.
Curiosidades:
-
A Kombi nunca perdeu a liderança do seu segmento que por sinal ela mesma criou;
-
Foi o primeiro modelo da Volks feito no Brasil e participou intensamente da
construção de Brasília;
-
A durabilidade do motor boxer geralmente superava em muito a do resto do carro,
sendo comum, nas ruas brasileiras, ver carros totalmente destroçados, porém
rodando perfeitamente;
-
Foi o único modelo, derivado do Fusca, a evoluir além do motor boxer
refrigerado a ar;
-
A Kombi era montada no Brasil manualmente, da mesma forma que há cinquenta
anos;
-
Detalhes legais não permitiam mais o tipo de uso combinado que deu nome ao
carro no Brasil. O motorista não podia mais carregar carga num modelo de
passeio, retirando os bancos, nem carregar pessoas num modelo de carga;
-
A Kombi deixou de ser usada pela polícia, para transportar presos, porque
devido o baixo peso e alto centro de gravidade, podia ser facilmente tombada
pelos detentos. Vantagem para as rivais Willys Rural e Veraneio da GM;
-
No Rio de Janeiro dos primeiros anos da década de 1970, chegou a haver corridas
de Kombi, com 10 a
12 largando e disputas sensacionais;
-
Nos anos 70 a
Kombi passa a ser exportada para mais de 100 países. Os principais destinos da
foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai;
-
A falha de projeto mais longa, e perigosa, persistiu por cinquenta anos. Ela consistia
na passagem da mangueira de gasolina por cima do distribuidor (o que levava a
incêndios frequentes) só foi corrigida em 2006;
-
A série especial 56 anos – Last Edition
foi produzida pela empresa Rontan (especializada em transformações veiculares)
que recebeu unidades da Kombi "normal" para que fossem customizadas
na configuração “Last Edition”.
Cultura popular:
-
A Kombi de 6 portas ficou conhecida como "Mini jardineira" em
comparação às velhas jardineiras usadas no transporte de passageiros. As demais
(4 portas e furgão) eram carinhosamente chamadas de "Jarrinha", por
causa do formato arredondado da frente do carro;
-
Pela posição de dirigir, tão à frente, ficou famosa a frase de que "o
para-choque da Kombi é o peito do motorista", justamente por conta das
colisões;
-
a Kombi Pick-up era popularmente conhecida como "Cabrita", porque sua
traseira pulava como cabrita quando estava descarregada;
-
Sua má estabilidade tornou célebre a frase: "Jesus está chamando";
-
As versões até 1975 ficaram conhecidas com "Corujinha", porque os faróis
pareciam os olhos arregalados da ave, embora alguns também as chamassem de “Igrejinha”;
-
O formato peculiar da carroceria (monovolume) justifica o apelido “Pão de
forma”;
-
Os modelos com para-brisas inteiriços eram conhecidos como “Clipper”, graças ao
modelo de 1967 produzido na Alemanha.
Nas telas:
-
A Kombi já foi um dos modelos usados para representar a famosa “Máquina do
Mistério” no desenho animado Scooby-Doo;
-
Em De Volta
para o Futuro (os líbios que querem a carga de urânio do cientista
"Doc" Brown);
-
Em Ronin, estrelado por Robert de Niro e Jean Reno, um modelo Clipper alemão
transporta a equipe de mercenários logo no inicio do filme;
-
No filme Duas Vidas, em
que Bruce Willis interpreta um estressado executivo que
reencontra a si mesmo com 32 anos a menos, uma Kombi à moda hippie aparece
assim que ele retorna de 2000 para 1968;
-
Nos filmes de Elvis Presley, na década de 60, apareceram várias que pertenciam
a surfistas;
-
Foi protagonista do filme Little Miss Sunshine, sendo que boa parte do filme é
passada no veículo.
Fonte:
Internet
Esse é o texto mais completo sobre a evolução dos modelos da kombi que encontrei. Parabéns.
ResponderExcluirparabéns pelo belo trabalho realizado sobre a história da Kombi no nosso país.
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