Nada melhor do que começar o
ano com novidades no possante. Na verdade uma delas não é bem uma novidade, mas
sim um aprimoramento. Não era de hoje que estava preocupado com os pneus do
Kinha. Aqueles, diagonais, Firestone Campeão Supremo 5,60x15 nunca me
convenceram quanto à segurança. Já viajei para Minas Gerais, participei de
encontros em municípios vizinhos e mesmo ao dar aquela esticada numa reta dava
para perceber o quanto o carro ficava instável com esses pneus, isso sem falar
da própria natureza sobreesterçante (sair de traseira) que o Fusca tem.
Bom, após muito bate papo
com colegas fusqueiros, decidi trocar os 4 diagonais por radiais. Apenas a
troca dos pneus, mantendo as mesmas rodas, de 4,5 polegadas , já
seria suficiente para resolver o problema da instabilidade, contudo, resolvi
inovar um pouco e passei as rodas traseiras para 6 polegadas , mais
largas, o que na minha opinião também deixou a caranga com um visual bem
bacana. Quanto aos novos pneus optei por um par de Kelly 165/80, que equipavam
o Itamar, para dianteira e dois 195/65 na traseira.
A segunda novidade ficou por
conta de um motor mais forte, não que estivesse precisando, na verdade eu
queria mais potência para pegar a rodovia, visto que este ano pretendo ir aos
encontros que irão ocorrer como o “Duke’s” em Duque de Caxias/RJ e
“Volksfriends” em Pomerode/SC. Para isso seria aconselhável trocar o atual 1300 do
Kinha por um 1600, mas sabe como é né, com o orçamento sempre comprometido, não
me restava outra alternativa a não ser adiar os planos.
Esse ano não foi diferente,
porém, oportunidade não se deixa passar e essa veio de um colega vendedor de
carros que tinha, a mais de 6 meses, um Fusca 85 literalmente judiado, mas
cujo motor estava perfeito. Na verdade já estava namorando esse motor há tempos
e só agora que foi possível o negócio. Bom, o propulsor em questão é um 1600
“tork”, diga-se de passagem, o melhor boxer que a Volkswagen fabricou.
Esse motor tem bloco moderno
com prisioneiros finos, cabeçotes de 6 aletas c/ entrada dupla, válvulas de
escape maiores e radiador de óleo deslocado. Segundo falam, o radiador de óleo na sua
posição original dificulta que a ventoinha mande mais ar para os cilindros 3 e
4. No motor "tork" o radiador é fixado numa flange que o desloca mais
para trás, permitindo que os cilindros do lado esquerdo sejam corretamente
refrigerados.
Cabeçote 1600 "moderno" (de 6 aletas estojo fino) veio nos motores "tork", pós 1984. |
Esse é o cabeçote 1600 "antigo" (8 aletas). |
Agora o velho motor BF*****
deu lugar ao, não tão velho, UK***** que equipou a Kombi na década de
80. O bom desse negócio foi poder aproveitar componentes, novos, que estavam no
meu antigo motor como:
- filtro de ar;
- bomba de combustível;
- alternador;
- embreagem (o meu usava
embreagem do 1600);
- velas (e os cabos);
- mangueiras de combustível;
- distribuidor (com tampa e
rotor);
- bobina;
- correia;
- filtro de combustível.
Só lembrando que na ocasião ainda foi trocado o óleo lubrificante e realizada a limpeza da peneirinha.
Feito isso foi só aguardar
uns 3 dias úteis para emissão do novo Certificado de Registro com a nova
motorização.
A próxima etapa será trocar
o câmbio pelo alongado 8x31 do Itamar, mais isso vai ficar para o futuro.
Confira o "transplante" realizado na Oficina Rafaela. O "procedimento" começou numa tarde de sexta vindo a encerrar na manhã de sábado... rsrs
Note o radiador de óleo em posição deslocada. |
Vídeo: Reanimando o coração... rsrs
Vídeo: Coração num corpo sadio, porém, ainda faltou regular as válvulas... rsrs.
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