Estava
demorando para o Kinha começar a apresentar algum problema mecânico, quando de
uma hora para outra passou a apresentar uns “engasgos” que, por três vezes, quase
me deixou na mão. Bastava ligar, engatar a primeira e logo na segunda (ou
terceira) marcha a “coisa” acontecia. A impressão que tive é que ele estava
afogado me fazendo reduzir até a primeira para conseguir, com muito custo,
chegar em casa.
No
dia seguinte após a primeira ocorrência desse fato procurei o Daniel, da Oficina C3, para que desse uma olhada
no possante. Levei-o até a garagem onde guardo o carro e lá ele retirou o giglê
da lenta, deu umas assopradas e pronto! Para tirar dúvida quanto à solução do caso
(sujeira no giglê), demos uma volta pelos arredores de casa e nada do problema
se repetir.
Feliz
da vida por termos solucionado a charada, em casa e a “custo zero” guardei o
Kinha e fui trabalhar. Domingo, durante aquele passeio de fim de tarde, após
percorrer uns 4 km
a urucubaca voltou. Para minha sorte eu estava perto de casa. Lembrando do que
o Daniel fez, eu encostei o carro, peguei meu kit de emergência no porta mala,
levantei a tampa do motor, retirei o giglê da lenta e assoprei, suguei (quase o
engoli) e coloquei de volta no lugar. Ao dar a partida fui passando as marchas à
medida que o motor ia pedindo, mas alguns quilômetros depois o pesadelo
reapareceu. Mais uma vez deu trabalho para chegar em casa.
Dias
depois, enquanto conversava sobre o fato com Magnus, um amigo fusqueiro, este
sugeriu que levasse o Kinha no Sr Cyro, mecânico e dono da Oficina Rafaella, ele por sinal é tio do Alessandro, um outro amigo
e também fusqueiro. Segundo Magnus, Cyro tinha pego o Fusca dele com alguns
problemas e o deixou 100%. Para minha sorte essa oficina fica perto da minha casa e não demorou muito para que eu fosse até
lá explicar a situação do meu carango.
No
dia agendado, meu amigo Alessandro foi comigo buscar o carro. Ele ia na frente
dirigindo Kinha e eu o seguindo. Durante o percurso Alessandro foi sentindo o
drama, tentando identificar o problema. Só sei que com muita luta chegamos à
oficina onde foram relatados os possíveis diagnósticos: sujeira no carburador
ou bomba de gasolina com defeito. Aproveitei e pedi ao Cyro desse uma ajustada
no varão do câmbio, pois as marchas estavam mal escalonadas além de regular a
posição dos pedais que se encontravam muito para frente e também de dar uma desempenada na polia do motor.
Bom,
no outro dia fui informado que o problema mais provável para os tais “engasgos”
seria sujeira no carburador, pois a bomba de gasolina foi testada e estava boa.
Com isso o carburador foi removido e deixado, por 24h, “de molho” num produto
para que fossem removidas as impurezas. Dois dias depois o carro já estava
pronto para ir par casa.
Cyro
me questionou porque eu não pintara as latas do motor durante a reforma. Falei
que na reforma foram realizadas apenas lanternagem e pintura. Disse que na
época, não mexi na mecânica porque não havia necessidade. Hoje também não vejo
urgência nisso, mas que dependendo do preço, eu poderia até deixar para fazer o
serviço. De pronto ele disse que por duzentos faria o serviço, sendo assim
topei a parada!
Dias
se passaram e sempre que podia eu dava um pulo na oficina para acompanhar a
evolução do serviço. Cyro me avisou que havia um vazamento vindo das coifas que
estavam foras do lugar e que provavelmente não haveria óleo na caixa de marcha.
Disse ainda que ao retirar o motor, iria corrigir a posição da mangueira de
combustível que foi instalada no lugar errado durante a reforma. Falei que resolvesse
os problemas e que instalasse a borracha de vedação do motor, que fica presa na
vertical próxima a junção do motor com o câmbio.
Ao
descer o motor para remoção das latas, foi constatado que além do vazamento do
óleo do câmbio pelas coifas, havia outro vazamento proveniente da borracha de
vedação do radiador de óleo. Pelo visto essa pintura veio em boa hora.
Sr. Cyro removendo as latas do motor. |
Polia desempenada e pintada. |
Passando uma escova de aço para remover as sujeira pesada. |
Nunca vi esse motor sem as latas. |
Vazamento na base do radiador de óleo. |
Latas separadas... depois é só preparar tudo para pintura. |
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