domingo, 1 de setembro de 2013

Instalando a tampa do motor

Bom, após quase um mês de espera, minha tampa do motor finalmente ficou pronta. Na ocasião da instalação aproveitei para realizar alguns aprimoramentos que ficaram por fazer, mas que não necessitavam de nenhuma urgência.
 
Como precisaria expor o habitáculo do motor para colocação da tampa, aproveitei para trocar a surrada carcaça da ventoinha por uma melhorzinha que havia comprado há alguns meses num ferro-velho. Lembrei que quando fui deixar a tampa para pintura, notei que havia um pequeno “gotejamento” de gasolina pelo giclê da marcha lenta. Essa foi a deixa para dar uma revisada no carburador, um Solex H-30 PICS, além claro, de trocar o giclê.
 
Motor solto, sem a carcaça e com o carburado removido, note ainda a antiga tampa com "grelhas".


Essa "torre" é o radiador de óleo.


Daniel instalando o novo suporte do flexível do cabo da embreagem.
 
A antiga carcaça da ventoinha estava bem detonada.

Essa esta bem mais conservada, além de ter sido pintada.
 
Pesquisando no Fórum Fusca Brasil, encontrei um tópico referente às experiências de alguns fusqueiros a respeito da configuração para se obter um melhor desempenho, e uma certa economia, com a troca de giclês num Fusca 1300 com um carburador Solex H-30 PICS. Agora ficou assim: 
 
Giclês - Configuração
 
 
Lenta
Giclê Principal
Giclê do Ar
Tubo Injetor
Antes
55
 125
 ?
60 
Depois
55
117,5
?
45

Essa foi a configuração adotada pelos que visam um pouco de desempenho sem prejudicar o consumo. Lembrando que o custo de cada giclê nas autopeças ficam em torno de 3 a 4 reais cada.
 
Ao desmontar o carburador para revisão, descobrimos que os cinco parafusos que o fecham não possuíam as arruelas de pressão. Provavelmente os mecânicos que mexeram nele tiveram muita preguiça para deixá-las no lugar.  Diante disso, lá fui eu ao ferro-velho procurar as tais arruelas em alguns carburadores sucateados, algo fácil de achar.
 
Arruelas de pressão que seguram os parafusos da tampa do carburador.

Sem as arruelas os parafusos podem se soltar com a trepidação.
O giclê nº 55 da marcha leta (da esquerda) esta com a ponta raspada e foi substituído.

Como seria melhor “descer o motor” para trocar a capela, verificou-se que a embreagem em breve deveria ser trocada, algo que sinceramente não esperava, eu até poderia deixar para fazer sua substituição mais tarde, contudo aquele seria o momento ideal para fazer isso. Bom, um kit de embreagem para Fusca 1600 (era a que estava no Kinha) saiu por 275 reais na melhor cotação. Encontrei o mesmo por 320 a 400 reais em algumas lojas do ramo.
 
Embreagem antiga.

Kit de embreagem zerado para motor 1600.
 

Carcaça (veja a ventoinha dentro) e embreagem no lugar.
 
Daniel fazendo os últimos ajustes. Note a nova tampa do motor. 

Carburador limpo e revisado.
Note a espessura desse cabo do acelerador... quero ver esse arrebentar... rs

Aproveitando o embalo, pedi ao Daniel que desse uma olhada no câmbio, pois ele estava molengo demais, na posição de ponto morto, além da 1ª marcha engatar com certa dificuldade. Pois bem, foi descoberto que o "varão do câmbio" ou "cachimbo", além de desgastado, ainda estava tordo próximo onde é encaixado ao acoplador, também chamado de trambulador (embaixo do banco traseiro). Assim sendo, a solução foi a compra de um varão novo.

Varão do câmbio ou cachimbo.

Desgaste em forma de "meia lua" na ponta do cachimbo.

Para deixar a caranga no jeito, eu troquei (por precaução), os seguintes componentes:
- junta de vedação da bóia do tanque de combustível, pois havia um pequeno vazamento de gasolina pela vedação sempre que enchia o tanque;
- rotor do distribuidor (por ser barato);
- bobina Bosch KW-12V (vermelha) pelo fato da outra estar bem surrada;
- correia do alternador (por ser barata);
- velas Bosch pelas NGK, por não saber o estado das atuais;
- suporte do flexível do cabo de embreagem por descobrir que o atual estava trincado;
- mangueirinha “lonada” do avanço a vácuo, pois a atual estava ressecada;
- mangueira maior para escoamento da água do coletor dianteiro, pois no lugar dela havia um pedaço de mangueira que de tão curta, fazia a água da chuva e das lavagens caírem dentro do carro.
  
Rotor do distribuidor substituído.

As antigas velas Bosch foram trocadas pelas da marca NGK.
 
Ao final da empreitada o resultado ficou legal, do jeito que esperava. A borracha de vedação foi fixada na tampa, igual ao Fusca Itamar, e não na carroceria como antigamente, porém, devido à dificuldade para encontrá-la, acabei colocando a borracha da porta do Chevette, que são parecidas, encaixam direitinho e fáceis de achar.

Tampa antiga.

A borracha velha era fixada na carroceria.

Tampa nova que equipou os Fuscas 1300 até 1983.

Agora a borracha foi fixada na tampa como no Fusca Itamar.
 

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